domingo, 13 de janeiro de 2008

EM CARTAZ

SAGA "Z "
Produção franco-italiana de 1974. É a história de uma expedição ufo-arqueológica cujos membros divergem nos objetivos científicos. Na trama do filme, passado, presente e futuro se entrelaçam, com o passado levando vantagem nos jogos de azar. Inicia-se a aventura. Ao explorar uma ilha vulcânica, o grupo expedicionário é tenazmente envolvido por uma estranha nuvem verde. De gafanhotos, descobre-se. E ficam sem legumes no resto da expedição. Conhecem um viajante do futuro que se veste como um troglodita (griffe Piere Ug), mas que usa uma obsoleta arma futurista, o porrete a laser. Um flash-back mostra o viajante em seu melhor desempenho. Ele livrando a Saga "Q" (produção franco-italiana de 1969) das garras dos vulcanos, os adoradores do deus do Vulcão. Mas a Saga "Z" é mesmo o ômega. E, por uma questão de adicional noturno, não fecha contrato de proteção com o viajante do futuro. Não contando com o braço armado do personagem-tranchã, e também enfraquecida por dissensões internas (6 ufos x 6 arqueos), a Saga "Z" é presa fácil dos vulcanos. No final, um a um, seus membros são lançados pelos captores na cratera do vulcão. Porém escapam porque a caldeira estava quebrada.
ATÉ QUE A MORTE NOS UNA
Produção germânica de 1968. Depois de comover meia Alemanha (mais do que isso seria comoção internacional), o drama do casal Witz recebe enfim um tratamento cinematográfico justo. Ei-lo: Claus E. Witz e sua mulher, Helga, formam um par que vive às turras. Um dia, após uma acalorada discussão em que Claus chama Helga de ânfora etrusca, resolvem tirar férias conjugais. Em locais que facilitem o reencontro futuro. Assim, ele vai para o Pólo Sul, ela, para o Pólo Norte. Apesar da dubla-bla-blagem que prejudica o filme, dá para ver como acaba. Claus compra um navio quebra-gelo polonês, de segunda mão, onde instala um cassino. E termina seus dias jogando paciência. Já Helga tem sorte diferente, o que não quer dizer melhor. Arranja emprego de foca correspondente do "Ice News". Mas morre ao querer documentar na íntegra uma aurora boreal. De fome e de frio. Com cortes nas cenas que interessam a Onã, o filme é recomendado a cursilhistas hesitantes.
JOPLIN, A LIBERADA
Produção norte-americana de 1955. No dizer geral, Joplin é a viúva de um militar que morreu no front. Com a morte do marido, ela procura levar uma vida não reprimida dando gritinhos primais. A guerra ainda não está terminada, pois falta uma caneta-tinteiro para que assinem a rendição. Aparece. A Alemanha é uma grande massa falida, o que deixa Joplin também muito pobre. Em má hora, ela aplicara toda a sua fortuna em marcos e só o Plano Marshall pode salvá-la. É quando surge dinheiro novo no toucador de Joplin, colocado (dizem...) pelas mãos obsequiosas do próprio Marshall. A seguir, a viúva abre um sex-shopping. É antológica a cena em que ela aparece recrutando clientes na fila do gargarejo dum teatro de revistas. Apaixonada por um fetichista que conhecera numa tinturaria, Joplin casa-se novamente. Mas a viúva não é viúva. Porque aparece o primeiro marido, que simplesmente não morrera no front. A bem da verdade, ele estivera o tempo todo escondido na retaguarda. Joplin, claro, não aceita as desculpas de que ele seria uma reserva moral da América. Por isso, mal o poltrão termina de aparar a volumosa grama do jardim, Joplin o enxota. Mas, antes, lhe dá uns poucos marcos para que recomece a vida na Alemanha destruída.
A LEI DA SELVA
Produção anglo-angolana de 1983. K. Hey é o zarolho capitão de um barco que singra anarquicamente um rio d'África. A bordo, vão também John Stuller, detetive particular, e Linda, sua lânguida esposa. Em quantidade de crimes desvendados, John perde feio para a esposa. Até no caso do canivete suíço que Linda... Bem, assistam com outro ingresso. No meio da viagem, estabelece-se uma discussão sobre o destino a dar a uma cobra fluvial que o capitão apanhara. John tem a idéia de empalhá-la, Linda, de devolvê-la ao rio após aplicar na cobra um nó górdio. É que Linda cultiva o gênero sádico-ecológico. O capitão fica de dar o voto de minerva no dia seguinte. Mas não existirá o dia seguinte para John e e Linda. À noite, a alimária promove uma devastação a bordo, livrando apenas a cara caolha do capitão. K. Hey e a cobra são bons amigos, e despedem-se com um "até à vista". E subentende-se que os pertences do detetive e da mulher integrarão, daí para frente, o patrimônio do capitão. É a lei da selva.

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